According tDe acordo com o relat¨®rio ¡°", a pobreza continua a ser generalizada na ³Ò³Ü¾±²Ô¨¦-µþ¾±²õ²õ²¹³Ü. Entre 2018 e 2021, aumentou 2,8 pontos percentuais, o que equivale a mais de 80.000 pessoas pobres adicionais.
Os dados dos Inqu¨¦ritos Harmonizados sobre as Condi??es de Vida dos Agregados Familiares (EHCVM) de 2018/19 e 2021/22 mostraram que a pobreza aumentou de 47,7% em 2018 para 50,5% em 2021. As tend¨ºncias da pobreza entre 2018 e 2021 seguiram em grande parte a mesma dire??o nas zonas urbanas e rurais, mas continuam a ser mais elevadas nas zonas rurais. Nas zonas rurais, mais de metade da popula??o do pa¨ªs ¨¦ pobre.
Na capital, Bissau, a pobreza permaneceu relativamente inalterada em 21%; mas noutras ¨¢reas urbanas, a pobreza aumentou entre 2018 e 2021 e atingiu 42%. N?o s¨® a pobreza ¨¦ um fen¨®meno mais rural na ³Ò³Ü¾±²Ô¨¦-µþ¾±²õ²õ²¹³Ü, como tamb¨¦m os pobres das zonas rurais est?o mais afastados do limiar de pobreza em compara??o com os seus hom¨®logos das zonas urbanas.
Riscos clim¨¢ticos e choques globais t¨ºm impacto na economia
A ³Ò³Ü¾±²Ô¨¦-µþ¾±²õ²õ²¹³Ü registou um crescimento econ¨®mico vol¨¢til na ¨²ltima d¨¦cada. O crescimento econ¨®mico recuperou em 2021, antes de abrandar em 2022. O crescimento real do PIB per capita atingiu 6,4% em 2021, contra 1,5% em 2020, antes de abrandar para 3,5% em 2022, prevendo-se que continue a abrandar para 2,8% em 2023.
A economia continua a ser estruturalmente vulner¨¢vel aos choques nos mercados e aos riscos clim¨¢ticos. A recupera??o da pandemia de COVID-19 foi condicionada por choques adicionais, nomeadamente os efeitos colaterais da guerra na Ucr?nia, que resultaram em perturba??es nas cadeias de abastecimento mundiais e no aumento dos pre?os dos produtos alimentares. Al¨¦m disso, a castanha de caju, que representa 90% das exporta??es de mercadorias e uma importante fonte de rendimento para mais de 70% dos agregados familiares, tem vindo a registar uma descida dos pre?os e uma procura internacional vol¨¢til desde 2018.
Pobreza e disparidades regionais na ³Ò³Ü¾±²Ô¨¦-µþ¾±²õ²õ²¹³Ü
As disparidades regionais nas tend¨ºncias da pobreza persistem, com a maior incid¨ºncia de pobreza a ser observada nas regi?es de Oio, Gabu e Quinara. A regi?o de Oio continua a registar a maior incid¨ºncia de pobreza, com 72% da popula??o a ser pobre em 2021 - cerca de 8,3 pontos percentuais de aumento em rela??o aos n¨ªveis de 2018 (ver Figura 1).
O maior aumento da pobreza entre 2018 e 2021 foi registado nas regi?es de Gabu e Biombo, onde a pobreza aumentou 14 e 12,3 pontos percentuais durante o per¨ªodo (Figura 1) - resultando em Gabu tornar-se a regi?o com a segunda maior incid¨ºncia de pobreza em 2021.
Apesar do aumento global da pobreza, as regi?es de Cacheu, Bolama/Bijag¨®s e Bafat¨¢ registaram redu??es de 7,5, 5,6 e 2,3 pontos percentuais, respetivamente, na incid¨ºncia da pobreza durante o per¨ªodo.
A menor incid¨ºncia de pobreza ¨¦ registada na regi?o de Bissau, onde 21% da popula??o ¨¦ pobre - relativamente a mesma taxa em 2018.
Figura 1: Evolu??o dos indicadores de pobreza monet¨¢ria 2018/19 - 2021/22
Mais de metade dos pobres - 55% - est?o concentrados nas regi?es de Oio, Gabu e Bafata. Para al¨¦m de terem uma elevada incid¨ºncia de pobreza, as regi?es de Oio e Gabu albergam 23,7% e 17,1% das pessoas pobres da ³Ò³Ü¾±²Ô¨¦-µþ¾±²õ²õ²¹³Ü, respetivamente (Mapa 1a e 1b). Ambas as regi?es registaram mais de 30.000 pessoas pobres cada uma em 2021.
Al¨¦m disso, a regi?o de Bafat¨¢ tem a terceira maior percentagem de popula??o pobre (14,6%), apesar de um decl¨ªnio de 2,3 pontos percentuais na pobreza durante o per¨ªodo. Do mesmo modo, Bissau, que tem uma baixa incid¨ºncia de pobreza, tem uma percentagem ligeiramente superior de pobres - 11,5% dos pobres. Em contrapartida, o decl¨ªnio da pobreza nas regi?es de Cacheu e Bolama/Bijag¨®s resultou em menos 10.000 e 1.000 pessoas pobres, respetivamente.
Mapa 1: Indicadores de pobreza por regi?o (EHCVM 2021)
Embora todas as fam¨ªlias tenham sofrido redu??es no consumo per capita entre 2018 e 2021, as fam¨ªlias mais ricas registaram a maior redu??o, o que levou a uma redu??o da desigualdade. O crescimento anualizado do consumo per capita diminuiu 2,5 %, em m¨¦dia, para a popula??o.
No entanto, as fam¨ªlias mais pobres (40 % da base da distribui??o) registaram um decl¨ªnio ligeiramente inferior, de 1,5 % por ano. Os agregados familiares mais ricos, por outro lado, registaram um decl¨ªnio muito mais acentuado - por exemplo, os 10% dos agregados familiares mais ricos registaram um decl¨ªnio de at¨¦ 20% durante o mesmo per¨ªodo. Consequentemente, a ³Ò³Ü¾±²Ô¨¦-µþ¾±²õ²õ²¹³Ü registou um ligeiro decl¨ªnio na desigualdade do consumo. Este facto deve-se provavelmente a um crescimento mais est¨¢vel do sector agr¨ªcola ao longo dos anos.
Leia e descarregue o relat¨®rio "Atualiza??o sobre Pobreza, Prosperidade Partilhada e Equidade", .