ľ¹ÏÓ°Ôº

Skip to Main Navigation
COMUNICADO ? IMPRENSA

Mercados Alimentares em ?frica Podem Criar Uma Oportunidade de Um Trili?o de D¨®lares em 2030

4 de mar?o de 2013



WASHINGTON, 4 de Mar?o de 2013 - Os agricultores e agroneg¨®cios de ?frica poder?o criar um mercado de alimentos de um trili?o de d¨®lares em 2030 se conseguirem aumentar o acesso a mais capital, eletricidade, melhor tecnologia e terras irrigadas para o cultivo de alimentos nutritivos e se os governos africanos conseguirem cooperar mais estreitamente com os agroneg¨®cios com vista a alimentar a popula??o urbana da regi?o em r¨¢pido crescimento, segundo um relat¨®rio do Banco Mundial divulgado hoje.  

De acordo com o relat¨®rio Growing Africa: Unlocking the Potential of Agribusiness, os sistemas alimentares de ?frica, que atualmente representam USD 313 mil milh?es ao ano provenientes da agricultura, podiam triplicar se os governos e l¨ªderes empresariais repensassem radicalmente as suas pol¨ªticas e o apoio ¨¤ agricultura, agricultores e agroneg¨®cios que, no seu conjunto, s?o respons¨¢veis por cerca de 50 por cento da atividade econ¨®mica de ?frica.

¡° Chegou a hora de tornar a agricultura e os agroneg¨®cios de ?frica num catalisador para p?r fim ¨¤ pobreza¡±, afirma Makhtar Diop, Vice-presidente do Banco Mundial para a Regi?o ?frica. ¡°Nunca ¨¦ demais enfatizar a import?ncia da agricultura para a determina??o de ?frica no sentido de manter e impulsionar as suas elevadas taxas de crescimento, criar mais empregos, reduzir significativamente a pobreza e produzir suficientes alimentos nutritivos de baixo custo para alimentar as fam¨ªlias, exportar os excedentes agr¨ªcolas, salvaguardando, ao mesmo tempo, o meio-ambiente do continente.¡±

Agroneg¨®cios: fortes oportunidades de crescimento

Devido a uma combina??o do aumento da popula??o com um incremento dos rendimentos e da urbaniza??o, a intensa procura est¨¢ a fazer subir os pre?os globais dos alimentos e dos produtos agr¨ªcolas. Quest?es relacionadas com a oferta ¨C abrandamento do rendimento dos principais cultivos agr¨ªcolas, redu??o de despesas com a investiga??o, degrada??o da terra e quest?es de escassez de ¨¢gua e altera??es clim¨¢ticas ¨C significam, todas elas, que os pre?os ir?o permanecer altos. Neste novo clima do mercado, ?frica tem um enorme potencial para expandir as suas exporta??es agr¨ªcolas e de alimentos.

?frica possui perto de 50 por cento da terra n?o-cultivada do mundo, pr¨®pria para o cultivo de alimentos, compreendendo 450 milh?es de hectares que n?o est?o arborizados, protegidos ou densamente povoados. ?frica utiliza menos de 2% das suas fontes renov¨¢veis de ¨¢gua, comparativamente a uma m¨¦dia mundial de 5%. ? corrente as colheitas terem um rendimento bastante inferior ao seu potencial e, no que toca a alimentos b¨¢sicos, como por exemplo o milho, essa lacuna no rendimento ¨¦ da ordem de 60 a 80%. As perdas p¨®s-colheita situam-se entre 15% e 20% para os cereais e s?o ainda mais altas para os produtos perec¨ªveis por causa das deficientes condi??es de armazenagem e de outras infraestruturas agr¨ªcolas.

Os pa¨ªses africanos podem penetrar nos mercados florescentes de arroz, milho, soja, a?¨²car, ¨®leo de palma, biocombust¨ªveis e mat¨¦rias-primas e emergir como principais exportadores destes bens nos mercados mundiais, a exemplo dos ¨ºxitos alcan?ados pela Am¨¦rica Latina e Sudeste Asi¨¢tico. Na ?frica Subsariana, os setores mais din?micos s?o provavelmente o arroz, cereais forrageiros, aves, latic¨ªnios, ¨®leos vegetais, horticultura e produtos transformados para abastecimento dos mercados nacionais.

O relat¨®rio chama a aten??o para o facto de vir a ser necess¨¢ria terra para alguns investimentos em agroneg¨®cios, podendo essas aquisi??es ser uma amea?a ¨¤ subsist¨ºncia das pessoas e criar oposi??o local, a menos que as compras ou arrendamentos de terras sejam conduzidos segundo padr?es ¨¦ticos e de responsabilidade social, incluindo o reconhecimento dos direitos dos utilizadores locais, consultas extensivas com comunidades locais e compensa??o ao justo valor de mercado pela terra adquirida.

&²Ô²ú²õ±è;¡°O desenvolvimento dos setores da agricultura e dos agroneg¨®cios significa rendimentos mais altos e mais empregos. Permite tamb¨¦m a ?frica competir globalmente. Hoje em dia, o Brasil, Indon¨¦sia e Tail?ndia exportam mais produtos alimentares do que toda a ?frica Subsariana junta. Isto tem de mudar¡±, afirma Jamal Saghir, Diretor do Banco Mundial para o Desenvolvimento Sustent¨¢vel na Regi?o ?frica.

As Cadeias de Valor s?o essenciais  

Arroz: ?frica tornou-se um dos principais consumidores e importadores de arroz e os africanos importam metade do arroz que comem e pagam caro, em torno de USD 3 500 milh?es, ou mais, ao ano. Gana e Senegal s?o grandes importadores. O Senegal ¨¦ competitivo entre os pa¨ªses vizinhos mas a sua capacidade est¨¢ limitado pela dificuldade dos agricultores em terem acesso ¨¤ terra, a capital, ao financiamento para expans?o da irriga??o e variedades de cultivos adequadas. O Gana produz menos variedades de arroz do que o Senegal mas a um custo consideravelmente mais alto e aplica tarifas de 40% e outras taxas sobre as importa??es. A fraca qualidade do cereal, as m¨¢s condi??es de limpeza e de embalagem s?o grandes dissuasores junto dos consumidores, travando o desempenho do setor.

Milho: Produto alimentar essencial para muitos africanos, o milho ocupa uma ¨¢rea de 25 milh?es de hectares ou 14% da terra cultivada. Na Z?mbia, onde as pessoas consomem em m¨¦dia 133 quilos de cereais ao ano, o milho fornece metade das calorias ingeridas na sua alimenta??o. No que toca ¨¤s importa??es de milho, a Z?mbia ¨¦ competitiva, o que j¨¢ n?o ¨¦ o caso para as exporta??es. Os elevados custos de transporte, o aumento dos custos laborais e os rendimentos mais baixos contribuem para um pre?o que ¨¦ superior em 1/3 ao da Tail?ndia, um dos grandes produtores internacionais de milho irrigado pela chuva. O relat¨®rio defende que a competitividade futura da Z?mbia ir¨¢ depender do aumento de rendimentos, da redu??o dos custos e da elimina??o dos desincentivos ao setor privado nos mercados e no com¨¦rcio.

O estudo analisou ainda as cadeias de valor do cacau no Gana e dos latic¨ªnios e feij?o-verde no Qu¨¦nia.

¡°? preciso capacitar os agricultores e neg¨®cios africanos atrav¨¦s de boas pol¨ªticas, maiores investimentos p¨²blicos e privados e fortes parcerias p¨²blico-privadas¡±, afirma Gaiv Tata, Diretor do Banco Mundial para o Desenvolvimento do Setor Financeiro e Privado em ?frica. ¡°Um setor de agroneg¨®cios forte ¨¦ vital para o futuro econ¨®mico de ?frica.¡±

Solu??es

A agricultura e os agroneg¨®cios deveriam estar no topo da agenda de neg¨®cios e desenvolvimento da ?frica Subsariana. O relat¨®rio apela a uma s¨®lida lideran?a e a um compromisso firme do setor p¨²blico e do privado. A t¨ªtulo de compara??o, o relat¨®rio cita estudos de casos do Uruguai, Indon¨¦sia e Mal¨¢sia. Para se ter ¨ºxito, ¨¦ fundamental o envolvimento de investidores estrat¨¦gicos ¡°com boas pr¨¢ticas¡±, assim como o refor?o das salvaguardas, sistemas de administra??o das terras e rastreio de investimentos para um crescimento sustent¨¢vel.

O relat¨®rio refere que ?frica pode igualmente inspirar-se nos muitos sucessos locais para orientar os governos e investidores no sentido de resultados positivos no dom¨ªnio econ¨®mico, social e ambiental.

 

Contatos com a m¨ªdia:
Em Washington
Sarwat Hussain
tel : +1 202 473 4967
shussain@worldbank.org
Em Washington
Aby Toure
tel : +1 202 473 8302
akonate@worldbank.org
Em Washington
Elena Gex
tel : +1 202 473 1708
egex@worldbank.org



COMUNICADO ? IMPRENSA N?
2013/258/AFR

Api
Api