WASHINGTON, 19 de Abril de 2017 ¨C O crescimento econ¨®mico na ?frica Subsariana est¨¢ a recuperar-se em 2017 ap¨®s registar o pior decl¨ªnio em duas d¨¦cadas em 2016, segundo o novo Africa¡¯s Pulse (A Pulsa??o de ?frica), uma an¨¢lise bianual da situa??o das economias Africanas efectuada pelo Banco Mundial.
As economias da ?frica Subsariana est?o a demonstrar sinais de recupera??o, apesar de o crescimento regional, projectado para alcan?ar 2,9% em 2017, permanecer fraco, visto que os pa¨ªses exportadores de petr¨®leo continuam a ser prejudicados pelo ambiente de baixo pre?o dos produtos b¨¢sicos. O desempenho do ano passado foi marcado pelo colapso dos pre?os dos produtos b¨¢sicos e pelo crescimento econ¨®mico lento.
Por outro lado, o aumento do produto interno bruto (PIB) dever¨¢ permanecer elevado entre os pa¨ªses que n?o dependem da exporta??o de produtos b¨¢sicos, sustentados pela demanda interna. Actualmente, metade da popula??o da ?frica Subsariana vive em pa¨ªses que t¨ºm demonstrado capacidade de recupera??o e t¨ºm mantido suas taxas de crescimento.
?frica do Sul, Angola e Nig¨¦ria, as maiores economias do continente, est?o a perceber uma recupera??o ap¨®s a acentuada desacelera??o ocorrida em 2016, mas o restabelecimento tem sido lento, tendo em vista o aumento do sentimento proteccionista em todo o mundo e uma restri??o do financiamento global acima da expectativa. No lado dom¨¦stico, os riscos para a actual recupera??o derivam da aus¨ºncia de reformas, das crescentes amea?as ¨¤ seguran?a e da volatilidade pol¨ªtica diante das elei??es em alguns pa¨ªses.
O ambiente de baixo crescimento econ¨®mico ocorre num momento em que o continente precisa com urg¨ºncia de reformas para alavancar o investimento e enfrentar a pobreza. Os pa¨ªses precisam tamb¨¦m adoptar os t?o necess¨¢rios gastos de investimento e, ao mesmo tempo, evitar a eleva??o da d¨ªvida a n¨ªveis insustent¨¢veis.
¡°? medida que os pa¨ªses caminham para o ajuste fiscal, precisamos preservar as condi??es correctas para o investimento de modo que os pa¨ªses da ?frica Subsariana alcancem uma recupera??o mais robusta¡±, disse Albert G. Zeufack, Economista-Chefe do Banco Mundial para a Regi?o de ?frica. ¡°Precisamos implementar reformas que aumentem a produtividade dos trabalhadores Africanos, para al¨¦m de criar um ambiente macroecon¨®mico est¨¢vel. Empregos melhores e mais produtivos s?o providenciais para o combate ¨¤ pobreza no continente.¡±
O crescimento do PIB nos pa¨ªses cujas economias n?o dependem dos produtos b¨¢sicos foi beneficiado pelos investimentos em infra-estrutura, por sectores de servi?os resilientes e pela recupera??o da produ??o agr¨ªcola. Isso ¨¦ particularmente verdade para os pa¨ªses da Uni?o Econ¨®mica e Monet¨¢ria da ?frica Ocidental (UEMOA). Cabo Verde, Comores, Ilhas Maur¨ªcio, Madag¨¢scar e Seychelles tamb¨¦m continuar?o a ter crescimento moderado.
O crescimento agregado do continente dever¨¢ acelerar-se em 2018-19 para 3,6%, reflectindo uma recupera??o nas maiores economias. Tal crescimento continuar¨¢ reduzido para os exportadores de petr¨®leo, ao passo que os exportadores de metais dever?o sentir um aumento moderado.
Nesse ambiente, a promo??o do investimento p¨²blico e privado ¨¦ prioridade. A regi?o sofreu uma desacelera??o no aumento do investimento ¨C de quase 8% em 2014 para 0,6% em 2015.
¡°Com taxas de pobreza ainda elevadas, ¨¦ imperativo recuperar o impulso do crescimento¡±, afirmou Punam Chuhan-Pole, Economista Principal do Banco Mundial e autor do relat¨®rio. ¡°O crescimento precisa ser mais inclusivo e envolver¨¢ o enfrentamento da desacelera??o do investimento e a elevada log¨ªstica comercial que entravam a competitividade.¡±
Em linhas gerais, o relat¨®rio recomenda a implementa??o urgente de reformas de modo a aprimorar as institui??es que promovam o crescimento do sector privado, desenvolvam os mercados de capital locais, melhorem a infra-estrutura e fortale?am a mobiliza??o de recursos internos.