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COMUNICADO ? IMPRENSA 19 de abril de 2018

Inclus?o financeira est¨¢ crescendo, mas permanecem vazios, mostra o Banco de Dados Global Findex

515 milh?es de adultos abriram contas banc¨¢rias desde 2014

WASHINGTON, D.C., 19 de abril de 2018¡ª A inclus?o financeira est¨¢ crescendo em ?mbito global, acelerada pelos telefones celulares e pela internet, mas os ganhos t¨ºm sido desiguais entre os pa¨ªses. Um novo relat¨®rio do Banco Mundial sobre o uso de servi?os financeiros tamb¨¦m constatou que os homens tendem mais a ter conta banc¨¢ria do que as mulheres.

Em termos globais, 69% dos adultos ¨C 3,8 bilh?es de pessoas ¨C t¨ºm agora conta em um banco ou provedor de dinheiro m¨®vel, um passo crucial para escapar da pobreza.  Isto indica um aumento de 62% com rela??o a 2014 e apenas 51% em 2011. De 2014 a 2017, 515 milh?es de adultos obtiveram uma conta banc¨¢ria e 1,2 milh?o o conseguiu desde 2011, de acordo com o banco de dados Global Findex. Embora em algumas economias a titularidade da conta banc¨¢ria tenha aumentado, o progresso tem sido mais lento em outras partes, frequentemente impedido por grandes disparidades entre homens e mulheres e entre ricos e pobres. O hiato entre homens e mulheres nas economias em desenvolvimento permanece estacion¨¢rio desde 2011 em 9 pontos percentuais.

O Global Findex, um conjunto de dados de longo alcance sobre o modo como 144 economias usam servi?os financeiros, foi produzido pelo Banco Mundial com financiamento da Bill & Melinda Gates Foundation e em colabora??o com a Gallup, Inc.

¡°Nos ¨²ltimos anos presenciamos grandes passos no mundo inteiro no sentido de conectar pessoas a servi?os financeiros formais,¡± afirmou Jim Yong Kim, Presidente do Grupo Banco Mundial. ¡°A inclus?o financeira permite ¨¤s pessoas economizar para atender ¨¤s necessidades da fam¨ªlia, tomar emprestado para apoiar um neg¨®cio ou construir uma barreira contra uma emerg¨ºncia. Ter acesso a servi?os financeiros ¨¦ um passo cr¨ªtico para reduzir tanto a pobreza como a desigualdade e os novos dados sobre propriedade de um telefone celular e acesso ¨¤ internet mostram oportunidades in¨¦ditas no uso da tecnologia para conseguir inclus?o financeira universal.¡±

Tem havido um aumento significativo no uso de telefones celulares e da internet na realiza??o de transa??es financeiras. De 2014 a 2017 isso contribuiu para um aumento da parcela de propriet¨¢rios de contas para enviar ou receber pagamentos por via digital de 67% a 76% globalmente e no mundo em desenvolvimento de 57% para 70%.

 ¡°O Global Findex mostra um grande progresso no sentido de conseguir acesso financeiro ¨C e tamb¨¦m grandes oportunidades para formuladores de pol¨ªticas e setor privado aumentarem o uso e expandirem a inclus?o entre mulheres, agricultores e pessoas de baixa renda¡±, afirmou Sua Majestade a Rainha M¨¢xima dos Pa¨ªses Baixos, Defensora Especial do Secret¨¢rio-Geral da ONU para o Desenvolvimento do Financiamento Inclusivo.¡± ¡°Os servi?os financeiros digitais foram a chave de nosso progresso recente e continuar?o a ser essenciais ¨¤ medida que procurarmos alcan?ar uma inclus?o financeira universal.¡±

Em ?mbito global 1,7 bilh?o de adultos continuam sem banco. No entanto, dois ter?os deles t¨ºm telefone celular que pode ajud¨¢-los a ter acesso a servi?os financeiros. A tecnologia digital pode tirar proveito de transa??es em dinheiro existentes para encaminhar as pessoas ao sistema financeiro, afirma o relat¨®rio. Por exemplo, pagar sal¨¢rios governamentais, pens?es e benef¨ªcios sociais diretamente a uma conta pode levar servi?os financeiros formais a mais de 100 milh?es de adultos em ?mbito global, incluindo 95 milh?es em economias em desenvolvimento. H¨¢ outras oportunidades para aumentar a propriedade da conta e us¨¢-la nos pagamentos digitais: mais de 200 milh?es de adultos sem conta banc¨¢ria que trabalham no setor privado s?o pagos somente em dinheiro, o mesmo sucedendo a mais de 200 milh?es que recebem pagamentos agr¨ªcolas.

¡°J¨¢ sabemos muito bem como estar seguros de que as mulheres tenham igual acesso aos servi?os financeiros que podem mudar sua vida¡±, afirmou Melinda Gates, Copresidente da Bill & Melinda Gates Foundation. ¡°Quando o governo deposita pagamentos do seguro social ou outros subs¨ªdios diretamente nas contas banc¨¢rias digitais das mulheres, o impacto ¨¦ impressionante. As mulheres adquirem poder de tomada de decis?es no pr¨®prio lar e, ao disporem de mais instrumentos financeiros, elas investem na prosperidade de sua fam¨ªlia e ajudam a impulsionar um amplo crescimento econ?mico.¡±

Esta edi??o do banco de dados Global Findex inclui indicadores atualizados em mat¨¦ria de acesso formal e informal a servi?os financeiros e utiliza??o dos mesmos.  Acrescenta dados sobre o uso de tecnologia financeira, incluindo telefones celulares e internet na realiza??o de transa??es financeiras e baseia-se em mais de 150.000 entrevistas no mundo inteiro. Desde 2011 o banco de dados vem sendo publicado tr¨ºs vezes por ano.

¡°O banco de dados Global Findex tornou-se o suporte principal dos esfor?os globais para promover a inclus?o financeira, afirmou Asli Demirg¨¹?-Kunt s, Diretor do Grupo de Pesquisas sobre Desenvolvimento. ¡°Os dados oferecem uma riqueza de informa??o para os profissionais de desenvolvimento, formuladores de pol¨ªticas e acad¨ºmicos e est?o ajudando a acompanhar o progresso do cumprimento da meta do Grupo Banco Mundial de Acesso Financeiro Universal at¨¦ 2020 e das Metas de Desenvolvimento Sustent¨¢vel das Na??es Unidas.¡±

Vis?es Gerais Regionais

Na ?frica Subsaariana, o dinheiro m¨®vel impulsionou a inclus?o financeira. Embora a parcela de adultos com conta banc¨¢ria em uma institui??o financeira tenha permanecido inalterada, a parcela com dinheiro m¨®vel em conta banc¨¢ria quase dobrou, atingindo 11%. Desde 2014 as contas com dinheiro m¨®vel espalharam-se da ?frica Oriental ¨¤ ?frica Ocidental e al¨¦m. A regi?o abriga todas as oito economias nas quais 20% ou mais dos adultos usam unicamente conta banc¨¢ria m¨®vel: Burkina Faso, Costa do Marfim:, Gab?o, Qu¨ºnia, Senegal, Tanz?nia, Uganda e Zimb¨¢bue. H¨¢ in¨²meras oportunidades de aumentar a propriedade de uma conta banc¨¢ria: nessa regi?o cerca de 95 milh?es de adultos recebem pagamento em dinheiro por produtos agr¨ªcolas e aproximadamente 65 milh?es economizam usando m¨¦todos semiformais.

No Leste Asi¨¢tico e no Pac¨ªfio o uso de transa??es financeiras digitais aumentou mesmo quando a propriedade de contas banc¨¢rias ficou estagnada. Hoje em dia, 71% dos adultos t¨ºm conta banc¨¢ria e pouco mudou desde 2014. Uma exce??o ¨¦ a Indon¨¦sia, onde a parcela com conta banc¨¢ria aumentou 13 pontos percentuais atingindo 49%. A desigualdades de g¨ºnero ¨¦ baixa: homens e mulheres t¨ºm a mesma probabilidade de ter conta banc¨¢ria no Camboja, Indon¨¦sia, Myanmar e Vietn?. As transa??es financeiras digitais aumentaram de forma acelerada especialmente na China, onde a parcela de propriet¨¢rios de contas banc¨¢rias que utilizam a internet para pagar contas mais do que duplicou, atingindo 57%. A tecnologia digital pode ser aproveitada para aumentar ainda mais o n¨²mero de contas banc¨¢rias: 405 milh?es de propriet¨¢rios de contas banc¨¢rias na regi?o pagam contas em dinheiro, embora 95% deles tenham telefone celular.

Na Europa e ?sia Central, a propriedade de contas banc¨¢rias aumentou de 58% de adultos em 2014 para 65% em 2017. Pagamentos do governo sob forma digital de sal¨¢rios, pens?es e benef¨ªcios sociais ajudaram a impulsionar esse aumento. Entre os detentores de contas banc¨¢rias 17% abriram sua primeira conta banc¨¢ria para receber pagamentos do governo. A parcela de adultos fazendo ou recebendo pagamentos digitais passou de 14 pontos percentuais para 60%. A digitaliza??o de todos os pagamentos de pens?o governamental poder¨¢ reduzir at¨¦ 20 milh?es o n¨²mero de adultos sem conta banc¨¢ria.

Na Am¨¦rica Latina e no Caribe o acesso amplo ¨¤ tecnologia digital poder¨¢ permitir o crescimento r¨¢pido do uso da tecnologia financeira. Cinquenta e cinco por cento dos adultos t¨ºm telefone celular e acesso ¨¤ internet, 15 pontos percentuais mais do que a m¨¦dia mundial em desenvolvimento. Desde 2014 a parcela de adultos que emitem ou recebem pagamentos aumentou cerca de oito pontos percentuais ou mais em economias como a da Bol¨ªvia, Brasil, Col?mbia, Haiti e Peru. Cerca de 20% dos adultos com conta banc¨¢ria utilizam conta banc¨¢ria m¨®vel ou a internet para fazer transa??es por meio de conta banc¨¢ria na Argentina, Brasil e Costa Rica. Ao digitalizar pagamentos de sal¨¢rios em dinheiro os neg¨®cios podem expandir a propriedade da conta banc¨¢ria a cerca de 30 milh?es de adultos sem conta banc¨¢ria ¨C dos quais quase 90% t¨ºm telefone celular. 

No Oriente M¨¦dio e no Norte da ?frica as oportunidades para aumentar a inclus?o financeira s?o especialmente acentuadas entre as mulheres. Hoje em dia 51% dos homens, mas apenas 35% das mulheres t¨ºm conta banc¨¢ria ¨C o maior hiato de g¨ºnero em qualquer regi?o. Relativamente a propriedade de telefone celular oferece um meio para expandir a inclus?o financeira: entre as pessoas sem conta banc¨¢ria 86% dos homens e 75% das mulheres t¨ºm telefone celular. Cerca de 20 milh?es de adultos sem conta banc¨¢ria enviam ou recebem remessas dom¨¦sticas em dinheiro ou por meio de servi?o de balc?o, incluindo sete milh?es na Rep¨²blica ?rabe do Egito.

Na ?sia Meridional, a parcela de adultos com conta banc¨¢ria aumentou 23 pontos percentuais atingindo 70%. O progresso foi impulsionado pela ?ndia, onde uma pol¨ªtica p¨²blica para aumentar a inclus?o por meio de identifica??o biom¨¦trica impulsionou a parcela com conta banc¨¢ria a 80%, ocorrendo os maiores ganhos entre mulheres e adultos mais pobres. Excluindo-se a ?ndia, a propriedade regional de conta banc¨¢ria ainda aumentou 12 pontos percentuais ¨C mas com frequ¨ºncia os homens se beneficiam mais do que as mulheres. Em Bangladesh a parcela com conta banc¨¢ria aumentou 10 pontos percentuais entre as mulheres e quase dobrou entre os homens. Em ?mbito regional a digitaliza??o de pagamentos de produtos agr¨ªcolas poder¨¢ reduzir at¨¦ 40 milh?es o n¨²mero de adultos sem conta banc¨¢ria.

 


COMUNICADO ? IMPRENSA N? 2018/130/DEC

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