WASHINGTON, 17 de Outubro de 2019¡ª Em ?frica, onde menos de um ter?o da popula??o tem acesso ¨¤ liga??o de banda larga, para se conseguir acesso universal, de baixo pre?o e boa qualidade ¨¤ internet at¨¦ 2030 ir¨¢ exigir um investimento de USD 100 mil milh?es. Isto segundo um relat¨®rio lan?ado nas Reuni?es Anuais do Grupo Banco Mundial, que apela a medidas urgentes para reduzir o fosso no acesso ¨¤ internet e, simultaneamente, fornece um roteiro para se atingir esta meta ambiciosa.
O relat¨®rio do * apresenta ideias pr¨¢ticas e sugest?es do que ¨¦ necess¨¢rio para se alcan?ar este objectivo, incluindo um plano de ac??o para conectividade universal de banda larga em ?frica. Para se alcan?ar acesso universal ¨¤ banda larga, os pa¨ªses africanos ter?o de colocar online mais cerca de 1 100 milh?es de pessoas. Para tal, ser?o precisos esfor?os excepcionais e coordenados dos governos, do sector privado, dos parceiros de desenvolvimento e da sociedade civil diz o relat¨®rio mas o investimento vale a pena.
&²Ô²ú²õ±è;¡°A agenda digital ¨¦, em primeiro lugar e acima de tudo, uma agenda do crescimento e do emprego¡±, diz Makhtar Diop, Vice-Presidente do Banco Mundial para as Infraestruturas. ¡°A popula??o em idade activa em ?frica dever¨¢ registar um aumento de cerca de 450 milh?es de pessoas entre 2015 e 2035. Se as tend¨ºncias actuais se mantiverem, menos de um quarto encontrar¨¢ empregos est¨¢veis. Alargar o acesso ¨¤ internet significa criar milh?es de oportunidades de emprego¡±.
Embora o n¨²mero de liga??es ¨¤ banda larga em ?frica tenha ultrapassado 400 milh?es em 2018 (quase vinte vezes os n¨ªveis de 2010), a m¨¦dia de penetra??o regional da banda larga ¡ª incluindo conex?es 3G e 4G ¡ª ¨¦ de apenas 25% em 2018. A cobertura de banda larga m¨®vel em ?frica s¨® abrange 70% da popula??o. At¨¦ mesmo no Norte de ?frica h¨¢ uma grande margem para crescimento, onde as redes 4G cobrem apenas cerca de 60% da popula??o. Desafios adicionais, tais como a falta de acesso a electricidade fi¨¢vel e a pre?os acess¨ªveis dificultam ainda mais o acelerar do curso de transforma??o digital de ?frica.
Segundo o relat¨®rio, aproximadamente 80% de todos os investimentos necess¨¢rios est?o directamente relacionados com a necessidade de lan?ar e manter redes de banda larga. No entanto, conectar os desconectados n?o se limita a infraestruturas: cerca de 20% dos investimentos necess¨¢rios s?o para desenvolver compet¨ºncias dos utilizadores e fundamentos de conte¨²do local e outros 2-4% seriam destinados a criar o quadro regulamentar adequado, refere o relat¨®rio. Se bem que o sector privado tenha conduzido a maior parte das iniciativas de banda larga de ¨ºxito, as ag¨ºncias p¨²blicas t¨ºm um papel crucial ao implementarem regulamenta??o do sector eficaz, corrigirem potenciais falhas do mercado e criarem condi??es para um sector de banda larga aberto e competitivo.
¡°Em grandes partes de ?frica estamos a assistir a uma falta de progresso no que toca a alargar o acesso e a cobertura de rede. A acessibilidade de pre?o est¨¢ tamb¨¦m a cair em muitas na??es. A promo??o de uma maior inclus?o digital vai exigir uma colabora??o mais eficaz e mais inovadora¡±, afirmou Doreen Bogdan-Martin, Directora Executiva da Comiss?o da Banda Larga para o Desenvolvimento Sustent¨¢vel e Directora do Gabinete para o Desenvolvimento das Telecomunica??es da UIT. "Temos de alavancar os nossos pontos fortes e conhecimentos especializados. Os governos podem contribuir com pol¨ªticas prop¨ªcias a novas tecnologias, novos modelos de neg¨®cio e investimento. As pol¨ªticas certas ir?o, por seu turno, facultar os incentivos ao sector privado para constru??o das infraestruturas e explora??o das novas tecnologias e aplica??es que ir?o induzir a procura¡±.
Conectar os 100 milh?es de pessoas de zonas rurais e remotas, que n?o t¨ºm acesso ¨¤s tradicionais redes m¨®veis celulares, ir¨¢ tamb¨¦m exigir uma forte participa??o do sector privado, modelos de neg¨®cio inovadores e tecnologias alternativas, tais como solu??es t¨¦cnicas baseadas em Wi-Fi e sat¨¦lite, refere o relat¨®rio.
¡°Sejamos claros: nenhum interveniente, por si s¨®, ser¨¢ capaz de cumprir a meta de 2030 e suportar o peso das necessidades de investimento de USD 100 mil milh?es. Todas as partes interessadas t¨ºm de se unir e colaborar para concretizarem o acesso universal ¨¤ internet a um custo acess¨ªvel para todos os africanos¡±, diz Hafez Ghanem, Vice-Presidente do Banco Mundial para a Regi?o ?frica. Isto inclui a Uni?o Africana e comunidades econ¨®micas regionais; governos africanos e respectivas ag¨ºncias de investimento p¨²blico; reguladores sectoriais; bancos multilaterais de desenvolvimento; Na??es Unidas e outras ag¨ºncias de desenvolvimento; sector privado e grupos da sociedade civil e organiza??es n?o-governamentais.
* O Grupo de Trabalho sobre Banda Larga para Todos: uma Infraestrutura Digital Revolucion¨¢ria para ?frica¡±, liderado pelo Banco Mundial, foi criado em 2018 sob os ausp¨ªcios da Comiss?o da Banda Larga para o Desenvolvimento Sustent¨¢vel, com o objectivo prim¨¢rio de identificar as necessidades de financiamento e os roteiros de pol¨ªticas para aumentar a conectividade e alcan?ar cobertura total em ?frica. O relat¨®rio recorre ¨¤s compet¨ºncias especializadas dos Comiss¨¢rios da Banda Larga e aos peritos de todo o mundo.
: A UIT e a UNESCO criaram a Comiss?o da Banda Larga para o Desenvolvimento Digital em 2010 com o objectivo de elevar a import?ncia da banda larga na agenda da pol¨ªtica internacional e de expandir o acesso em todos os pa¨ªses como medidas fundamentais para acelerar o progresso com vista ¨¤ consecu??o dos objectivos de desenvolvimento nacionais e internacionais. Na sequ¨ºncia da adop??o dos Objectivos de Desenvolvimento Sustent¨¢vel (ODS) em Setembro de 2015, a Comiss?o foi relan?ada como a Comiss?o de Banda Larga para o Desenvolvimento Sustent¨¢vel para mostrar e documentar o poder das TIC e das tecnologias baseadas na banda larga para o desenvolvimento sustent¨¢vel. Os membros incluem os principais CEO e l¨ªderes da ind¨²stria, decisores pol¨ªticos seniores e representantes governamentais, ag¨ºncias internacionais, mundo acad¨¦mico e organiza??es ligadas ao desenvolvimento.
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