Ouvir as comunidades locais foi essencial para o sucesso do Programa de ?reas Protegidas da Amaz?nia (ARPA) desde o in¨ªcio, em 2002. Ao mesmo tempo, n?o foi f¨¢cil, pois 30% dos 20 milh?es de pessoas que vivem na regi?o est?o em ¨¢reas rurais, isoladas, sem acesso ¨¤ internet.
¡°Quando se sai de Bras¨ªlia ¨C no cora??o do Brasil ¨C rumo ¨¤ Amaz?nia, a menor viagem que se pode fazer ¨¦ para Bel¨¦m, que est¨¢ a duas horas e meia de voo¡±, conta Adriana Moreira, gerente do projeto no Banco Mundial. ¡°Depois, sempre ¨¦ necess¨¢rio pegar um carro ou barco para chegar ¨¤s unidades de conserva??o.¡±
Mesmo com essa dificuldade, houve diversas consultas p¨²blicas com comunidades nos ¨²ltimos 10 anos. As associa??es locais (formadas por seringueiros, ribeirinhos, ind¨ªgenas, etc.) foram fundamentais nesse processo, segundo Moreira. ¡°Elas formam um tecido social extremamente importante na Amaz?nia.¡±
Esses di¨¢logos ajudaram a definir pol¨ªticas de ocupa??o e gerenciamento de terras, por exemplo. Como resultado, foram criados parques de conserva??o ambiental e ¨¢reas para uso sustent¨¢vel. Cada uma dessas unidades tem um conselho formado por representantes do governo brasileiro, por associa??es da sociedade civil e por administradores locais.
Al¨¦m disso, as comunidades receberam treinamento em t¨¦cnicas sustent¨¢veis de agricultura e extrativismo. E ainda aprenderam a prevenir e combater inc¨ºndios florestais. Todas essas estrat¨¦gias ajudaram a melhorar o n¨ªvel de vida da popula??o e a preservar culturas que poderiam ter se perdido. ¡°Tais benef¨ªcios criam impacto n?o s¨® no Brasil, mas no mundo todo¡±, avalia Moreira.