A revolu??o digital pode desbloquear o crescimento inclusivo e a cria??o de emprego em toda a ?frica
WASHINGTON, 8 de abril de 2019 ¡ª O crescimento na ?frica Subsaariana caiu para 2,3 porcento em 2018, abaixo dos 2,5 porcento em 2017, de acordo com a edi??o de abril de 2019 da "Africa's Pulse", a an¨¢lise semestral do Banco Mundial sobre o estado das economias africanas distribu¨ªdo hoje. O crescimento econ¨®mico mant¨¦m-se inferior ao crescimento populacional pelo quarto ano consecutivo, e embora se espere que o crescimento regional volte a subir para 2,8 porcento em 2019, tem permanecido abaixo de tr¨ºs porcento desde 2015. Esta edi??o da "Africa¡¯s Pulse" analisa igualmente a fragilidade da ?frica Subsariana e a forma como a economia digital pode ajudar a fazer avan?ar o continente.
"A transforma??o digital pode aumentar o crescimento em quase dois pontos percentuais por ano e reduzir a pobreza em quase um ponto percentual por ano s¨® na ?frica Subsaariana. Esta ¨¦ uma mudan?a crucial para ?frica", disse Albert Zeufack, Economista-Chefe do Banco Mundial para a ?frica.
O crescimento global mais lento do que o esperado reflete a atual incerteza global, mas prov¨¦m cada vez mais da instabilidade macroecon¨®mica interna, incluindo a d¨ªvida mal gerida, a infla??o e os d¨¦fices; a incerteza pol¨ªtica e regulamentar; e a fragilidade que est?o a ter impactos negativos vis¨ªveis nalgumas economias africanas. Tamb¨¦m prejudica um desempenho mais forte de v¨¢rias economias mais pequenas que continuam a crescer de forma constante.
Na ±·¾±²µ¨¦°ù¾±²¹, o crescimento atingiu 1,9 porcento em 2018, contra os 0,8 porcento em 2017, refletindo uma modesta recupera??o na economia n?o petrol¨ªfera. A ?frica do Sul saiu da recess?o no terceiro trimestre de 2018, mas o crescimento foi moderado, de apenas 0,8 porcento para todo o ano, uma vez que a incerteza pol¨ªtica reteve os investimentos. Angola, a terceira maior economia da regi?o, manteve-se em recess?o, tendo o crescimento ca¨ªdo acentuadamente enquanto que a produ??o petrol¨ªfera permanecia fraca.
O crescimento acelerou nalguns pa¨ªses que t¨ºm uma utiliza??o intensiva dos recursos, como a Rep¨²blica Democr¨¢tica do Congo e o N¨ªger, pa¨ªses em que o aumento da produ??o mineira e dos pre?os das mercadorias impulsionou a atividade, juntamente com uma recupera??o da produ??o agr¨ªcola e do investimento p¨²blico em infraestruturas. Noutros pa¨ªses, como a Lib¨¦ria e a Z?mbia, o crescimento foi moderado, ¨¤ medida que a infla??o elevada e os elevados n¨ªveis de endividamento continuaram a pesar sobre a confian?a dos investidores. Na Comunidade Econ¨®mica e Monet¨¢ria da ?frica Central, prosseguiu uma fr¨¢gil recupera??o ¨¤ medida que os esfor?os de reforma para reduzir os desequil¨ªbrios or?amentais e externos abrandaram nalguns pa¨ªses. Economias sem grandes recursos, como o Qu¨¦nia, Ruanda, Uganda e v¨¢rios outros da Uni?o Econ¨®mica e Monet¨¢ria da ?frica Ocidental, incluindo o Benim e a Costa do Marfim, registaram um s¨®lido crescimento econ¨®mico em 2018.
A "Africa¡¯s Pulse" tamb¨¦m detetou que a fragilidade de alguns poucos pa¨ªses est¨¢ a custar ¨¤ ?frica Subsaariana mais de meio ponto percentual de crescimento por ano. Isso representa 2,6 pontos percentuais ao longo de 5 anos.
"Os motores da fragilidade evolu¨ªram ao longo do tempo, assim como as solu??es,¡± disse Cesar Calderon, Economista-chefe e principal autor do relat¨®rio. "Os pa¨ªses t¨ºm uma oportunidade real de passar da fragilidade para a oportunidade, cooperando al¨¦m fronteiras para combater a instabilidade, a viol¨ºncia e as altera??es clim¨¢ticas.¡±