WASHINGTON, 27 de outubro de 2015 - Economias em desenvolvimento aceleraram o ritmo das suas reformas de neg¨®cios durante os ¨²ltimos 12 meses tornando mais f¨¢cil abrir e operar empresas locais, segundo a medida anual de facilidade de fazer de neg¨®cios do Grupo do Banco Mundial.
Doing Business 2016: Medindo Qualidade e Efici¨ºncia Regulat¨®ria constata que 85 economias em desenvolvimento implementaram 169 reformas nas regula??es de neg¨®cios durante o ano passado, em compara??o com 154 reformas no ano anterior. Economias de alta renda realizaram um adicional de 62 reformas, elevando o total no ano passado para 231 reformas em 122 economias em todo o mundo.
A maioria das novas reformas durante o ano passado foram projetadas para melhorar a efici¨ºncia da regulamenta??o, reduzindo seu custo e complexidade, com o maior n¨²mero de melhorias feitas na ¨¢rea de come?ar um neg¨®cio, que mede quanto tempo leva para se obter uma licen?a para come?ar um neg¨®cio assim como os custos associados no processo. Um total de 45 economias, das quais 33 s?o economias em desenvolvimento, implementaram reformas para tornar mais f¨¢cil para empreendedores iniciarem um neg¨®cio. A ?ndia, por exemplo, fez melhorias significativas ao eliminar a exig¨ºncia de capital m¨ªnimo e um certificado de opera??es de neg¨®cios, poupando empres¨¢rios um procedimento desnecess¨¢rio e tempo de espera de cinco dias. Qu¨ºnia tamb¨¦m fez incorpora??o de neg¨®cios mais f¨¢cil, simplificando os procedimentos de pr¨¦-registo, reduzindo o tempo para incorporar por quatro dias.
Os esfor?os para fortalecer as institui??es e estruturas jur¨ªdicas foram menos comuns, com 66 reformas implementadas em 53 economias durante o ano passado. O maior n¨²mero de tais reformas foram realizadas na ¨¢rea de obten??o de cr¨¦dito, com 32 melhorias, das quais quase metade foram realizadas na ?frica Subsaariana.
"Uma economia moderna n?o pode funcionar sem regulamenta??o e, ao mesmo tempo, ela pode chegar a um impasse por meio de regulamenta??es fracas e pesadas. O desafio do desenvolvimento ¨¦ trilhar este caminho estreito atrav¨¦s da identifica??o de regulamentos que s?o bons e necess¨¢rios, evitando aqueles que impedem a criatividade e dificultam o funcionamento das pequenas e m¨¦dias empresas. O relat¨®rio Doing Business do Grupo Banco Mundial monitora os sistemas regulat¨®rios e burocr¨¢ticos das na??es atrav¨¦s da realiza??o de question¨¢rios anuais detalhados. Para os respons¨¢veis ??pol¨ªticos confrontados com o desafio de criar empregos e promover o desenvolvimento, ¨¦ importante estudar como as na??es se saem em termos dos v¨¢rios indicadores de Doing Business", disse Kaushik Basu, Chefe do Banco Mundial economista e vice-presidente s¨ºnior.
Dados do Doing Business dos ¨²ltimos 12 anos mostram que, em 2003, em m¨¦dia demorava cerca de 51 dias em todo o mundo para iniciar um novo neg¨®cio. Este tem sido agora mais de metade para 20 dias. Al¨¦m disso, os dados mostram sinais encorajadores de converg¨ºncia para as melhores pr¨¢ticas, como por exemplo as economias de baixa renda que, ao longo do tempo, t¨ºm mostrado mais melhorias do que as economias de alta renda. O caso de Mo?ambique ilustra esta tend¨ºncia. Em 2003, um empreendedor precisava de 168 dias para iniciar um neg¨®cio e agora, apenas 19 dias.
O relat¨®rio tamb¨¦m constata o crescente uso da internet para os empres¨¢rios para interagir com o governo, devido aos potenciais benef¨ªcios econ¨®micos da presta??o de servi?os online em todas as ¨¢reas medidas pelo Doing Business. No ano passado, 50 reformas foram destinadas a fornecer ou melhorar os sistemas fiscais on-line de pagamento, processamento de documento de importa??o-exporta??o e de neg¨®cios, registro de im¨®veis, entre outros.
O relat¨®rio deste ano revela um esfor?o de dois anos para adicionar mais medi??es da qualidade das institui??es que suportam o ambiente de neg¨®cios, para melhor capturar as melhores pr¨¢ticas em cada ¨¢rea. Por exemplo, na ¨¢rea de Registro de propriedades, um novo ¨ªndice sobre a qualidade da administra??o da terra mede a confiabilidade, transpar¨ºncia e cobertura geogr¨¢fica dos sistemas de administra??o da terra, bem como aspectos de resolu??o de lit¨ªgios para quest?es de terra.
Quest?es regulat¨®rias de qualidade, s?o t?o importante quanto a efici¨ºncia regulat¨®ria, diz o relat¨®rio, para assegurar que o regulamento atinja o objectivo de criar um ambiente prop¨ªcio que contribui para o crescimento econ¨®mico e pr¨®spero para as pessoas.
"H¨¢ pesquisas persuasivas que mostram como a efici¨ºncia e a qualidade da regulamenta??o de neg¨®cios andam lado-a-lado com uma produ??o mais competitiva, empresas vi¨¢veis ??e empresas que ajudam economias a crescer. A maior ¨ºnfase na qualidade da regula??o, para complementar o foco anterior sobre a efici¨ºncia, visa proporcionar uma maior clareza entre regulamentos bem-projetados e mal-concebido, tornando mais f¨¢cil de identificar onde a regulamenta??o permite empresas a prosperar e onde se tem o efeito oposto", disse Augusto Lopez-Claros, Diretor de Indicadores Globais do Grupo do Banco Mundial, que produz o relat¨®rio.
Economias da Europa e da ?sia Central tiveram um bom desempenho nos novos padr?es de qualidade, ao contr¨¢rio das economias na regi?o do Oriente M¨¦dio e Norte da ?frica.
Na classifica??o global, Cingapura mant¨¦m o primeiro lugar. As economias que acompanham Cingapura na lista das 10 melhores economias com ambientes regulat¨®rios mais favor¨¢veis ??aos neg¨®cios s?o Nova Zel?ndia, em segundo lugar; Dinamarca (3); Rep¨²blica da Coreia (4); Hong Kong SAR, China (5); Reino Unido (6); Estados Unidos da Am¨¦rica (7); (8) Su¨¦cia; Noruega (9); e Finl?ndia (10).
As 10 economias que implementaram pelo menos tr¨ºs reformas durante o ano passado e mais progrediram s?o: Costa Rica, Uganda, Qu¨ºnia, Chipre, Maurit?nia, Uzbequist?o, Cazaquist?o, Jamaica, Senegal e Benin.
Por regi?o, a ?frica subsaariana representaram cerca de 30 por cento das reformas regulat¨®rias globais melhorados e metade das 10 economias que mais progrediram. V¨¢rias reformas foram tamb¨¦m implementadas na Costa do Marfim, Madag¨¢scar, N¨ªger, Togo
e Ruanda. Economia mais bem classificada da regi?o ¨¦ Mauritius, que tem um ranking global de 32.
A regi?o da Europa e ?sia Central tamb¨¦m implementou diversas reformas no ano passado, com Chipre, Uzbequist?o e Cazaquist?o, entre as 10 economies que mais progrediram. A regi?o tinha a maior parcela de economias que executaram pelo menos uma reforma e o maior n¨²mero m¨¦dio de reformas regulat¨®rias por economia.
No Sul da ?sia, seis das oito economias da regi?o implementaram um total de nove reformas - a segunda maior quota de qualquer regi?o depois da Europa e da ?sia Central. Economias que implementaram diversas reformas inclu¨ªem a ?ndia, But?o e Sri Lanka. A economia mais bem classificada da regi?o ¨¦ o But?o, que tem um ranking global de 71.
A atividade de reforma continuou em ritmo acelerado na ?sia Oriental e Pac¨ªfico, com mais de metade das 25 economias da regi?o a implementar um total de 27 reformas no ano passado. A regi?o abriga quatro das cinco principais economias classificadas no mundo, incluindo Cingapura, economia no topo do ranking mundial.
No Oriente M¨¦dio e Norte da ?frica, a atividade de reforma acelerou ligeiramente com 21 reformas implementadas em 11 das 20 economias da regi?o. As economias que implementaram mais de uma reforma incluiu os Emirados ?rabes Unidos (EAU), Marrocos, Tun¨ªsia e Arg¨¦lia. UAE ¨¦ a economia mais bem classificada da regi?o, com um ranking global de 31.
Am¨¦rica Latina e regi?o do Caribe teve a menor percentagem de reformas, com menos da metade da regi?o 32 economias realizando um total de 24 reformas. Costa Rica e Jamaica estiveram entre as 10 economias que mais progrediram. M¨¦xico ¨¦ a economia mais bem classificada da regi?o, com um ranking global de 38.
"? encorajador ver tantos economias, especialmente as economias de baixa renda e os Estados fr¨¢geis, a realizar reformas para melhorar o ambiente de neg¨®cios para os empres¨¢rios locais. Com o tempo, isso pode resultar em aumento da cria??o de emprego, crescimento econ¨®mico e uma maior prosperidade para o seu povo", disse Rita Ramalho, gerente do projeto Doing Business.
Os conjuntos de dados de relat¨®rio de acompanhamento e integrais est?o dispon¨ªveis em