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COMUNICADO ? IMPRENSA

A melhoria da governan?a ¨¦ elemento fundamental para garantir o crescimento equitativo nos pa¨ªses em desenvolvimento

30 de janeiro de 2017


WASHINGTON, D.C., 30 de janeiro de 2017 ¨C Um novo relat¨®rio do Banco Mundial sobre pol¨ªticas incentiva os pa¨ªses em desenvolvimento e as entidades internacionais de desenvolvimento a repensarem a maneira de considerar a governan?a como a chave para superar os desafios relacionados com a seguran?a, crescimento e equidade. 

O Relat¨®rio sobre o Desenvolvimento Mundial 2017: Governan?a e o Direito examina como a distribui??o desigual do poder em uma sociedade interfere na efic¨¢cia das pol¨ªticas. As assimetrias do poder ajudam a explicar, por exemplo, por que as leis e ¨®rg?os de combate ¨¤ corrup??o frequentemente n?o conseguem cont¨º-la; por que a descentraliza??o nem sempre melhora os servi?os municipais; ou por que pol¨ªticas fiscais bem elaboradas talvez n?o reduzam a volatilidade nem gerem poupan?as no longo prazo.

O relat¨®rio assinala que, quando as pol¨ªticas e solu??es t¨¦cnicas n?o alcan?am os resultados desejados, as institui??es com frequ¨ºncia levam a culpa. No entanto, conclui que os pa¨ªses e os doadores precisam pensar em termos mais amplos a fim de melhorar a governan?a e possibilitar o ¨ºxito das pol¨ªticas.  Define melhor a governan?a como o processo por meio do qual o Estado e os grupos n?o estatais interagem para formular e implementar pol¨ªticas, trabalhando em um conjunto de normas formais e informais modeladas pelo poder.

¡°? medida que a demanda de presta??o de servi?os eficazes, boa infraestrutura e institui??es justas continua a aumentar, ¨¦ vital que os governos utilizem recursos escassos da forma mais eficiente e transparente poss¨ªvel,¡± afirmou Jim Yong Kim, Presidente do Banco Mundial. Isto significa aproveitar o conhecimento especializado do setor privado, trabalhar em estreita colabora??o com a sociedade civil e redobrar nossos esfor?os no combate ¨¤ corrup??o. Sem uma melhor governan?a nossas metas de erradicar a pobreza extrema e impulsionar a prosperidade compartilhada estar?o fora de nosso alcance.¡±

O relat¨®rio examina exemplos dos pa¨ªses, inclusive consolida??o do Estado na Som¨¢lia, iniciativas de combate ¨¤ corrup??o na Nig¨¦ria e desafios ao crescimento na China, bem como favelas e exclus?o nas cidades da ?ndia.  Identifica tr¨ºs ingredientes decisivos de pol¨ªticas eficazes: compromisso, coordena??o e coopera??o. Levando em conta as fun??es centrais para produzir melhores resultados na governan?a, as institui??es precisam:

¡ñ&²Ô²ú²õ±è;&²Ô²ú²õ±è;&²Ô²ú²õ±è;&²Ô²ú²õ±è;&²Ô²ú²õ±è; Impulsionar o compromisso com as pol¨ªticas frente ¨¤s circunst?ncias em evolu??o.  Isso ajudaria, por exemplo, nos casos em que os respons¨¢veis por decis?es gastam as receitas suplementares em vez de guard¨¢-las para o futuro ou quando os l¨ªderes repudiam acordos de consolida??o da paz na aus¨ºncia de execu??o vinculante.

¡ñ&²Ô²ú²õ±è;&²Ô²ú²õ±è;&²Ô²ú²õ±è;&²Ô²ú²õ±è;&²Ô²ú²õ±è; Melhorar a coordena??o para mudar expectativas e estimular a??es desejadas por todos.  Os desafios surgem em muitos contextos ¨C de financiamento a conglomerados industriais e planejamento urbano. A estabilidade financeira, por exemplo, baseia-se em cren?as na credibilidade. Consideremos como, apesar das raz?es para deixar o dinheiro no banco em ¨¦poca de adversidade, o p¨²blico pode correr para sacar seus dep¨®sitos banc¨¢rios se acreditar que outros far?o o mesmo ¨C em ¨²ltima an¨¢lise levando os bancos a perder liquidez e quebrar. 

¡ñ&²Ô²ú²õ±è;&²Ô²ú²õ±è;&²Ô²ú²õ±è;&²Ô²ú²õ±è;&²Ô²ú²õ±è; Incentivar a coopera??o: Pol¨ªticas eficazes ajudam a promover a coopera??o limitando comportamento oportunista, tal como evas?o fiscal ¨C frequentemente por meio de mecanismos confi¨¢veis de recompensas ou penalidades. Certos indiv¨ªduos podem encontrar incentivos para um comportamento oportunista. O fato de n?o pagar impostos n?o lhes impede de usufruir de servi?os p¨²blicos que outros est?o pagando. Igualmente, quando grupos n?o se beneficiam de pol¨ªticas ou se consideram lesados (por exemplo, ao receberem servi?os p¨²blicos de baixa qualidade), isso pode enfraquecer ainda mais o cumprimento.

¡°As autoridades p¨²blicas n?o atuam no v¨¢cuo. Suas decis?es refletem o poder de negocia??o dos cidad?os que concorrem entre si para avan?ar seus interesses competitivos,¡± afirmou Paul Romer, Economista Chefe do Banco Mundial ¡°Portanto, este relat¨®rio lan?a uma discuss?o muito importante para os governos, respectivo pa¨ªs e membros da comunidade de desenvolvimento sobre a forma como podemos assegurar que a sociedade esteja em um caminho que gere progresso. Precisamos enfrentar um processo pol¨ªtico complexo em cada pa¨ªs em que o poder possa influenciar o resultado desse processo e temos de perguntar-nos como podemos assegurar que esse processo leve ao progresso para todos.¡±

 

Segundo o relat¨®rio, a distribui??o desigual de poder pode excluir grupos e pessoas das recompensas e ganhos da participa??o pol¨ªtica.  No entanto, uma mudan?a significativa ¨¦ poss¨ªvel gra?as ¨¤ participa??o e intera??o dos cidad?os, por meio de coaliz?es que mudam os incentivos dos tomadores de decis?o; das elites, por meio de acordos entre os respons¨¢veis por decis?es para restringir o pr¨®prio poder; e da comunidade internacional, por meio de influ¨ºncia indireta para mudar o poder relativo de reformadores nacionais.

Com base na vasta experi¨ºncia e consultas em muitos pa¨ªses nos ¨²ltimos dois anos, o relat¨®rio prop?e princ¨ªpios para orientar a reforma e mudar as din?micas da governa??o em prol de um desenvolvimento equitativo.

O relat¨®rio constata que frequentemente ¨¦ dif¨ªcil introduzir e implementar boas pol¨ªticas, porque determinados grupos da sociedade que se beneficiam do status quo podem ter poder suficiente para resistir a reformas necess¨¢rias para romper o equil¨ªbrio pol¨ªtico.

 

¡°O Relat¨®rio sobre o Desenvolvimento Mundial 2017: Governan?a e o Direito tem uma riqueza de perspectivas que informar?o e fortalecer?o ainda mais o trabalho do Banco Mundial em mat¨¦ria de governan?a,¡± afirmou Debbie Wetzel, Diretora S¨ºnior da Pr¨¢tica Global da Governan?a do Banco Mundial. ¡°Como assinala o relat¨®rio, as reformas bem-sucedidas n?o visam apenas ¨¤s ¡®boas pr¨¢ticas¡¯. Requerem adapta??o e reajuste de institui??es de modo a utilizarem mais eficazmente as din?micas locais e abordarem problemas espec¨ªficos que continuam a impedir um desenvolvimento que sirva a todas as pessoas.¡±

 

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2017/150/DEC

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